Bacharelado em Artes Visuais
Dados de Identificação do Curso
Bacharelado
Graduação – Certificado de Curso de Graduação em Artes Visuais –
Bacharel em Artes Plásticas.
Para formar é necessário que o aluno conclua no mínimo:
09 (nove) semestres / 4 anos
e no máximo:
12 (doze) semestres / 6 anos*.
Nº de créditos exigidos: 186 Créditos.
A carga horária mínima exigida é de
2.790 horas.
* Recomendado a permanência máxima de 10 semestres / 5 anos.
Diurno
(aulas no período de 8h às 18h50)
Obs: Poderá haver aulas e atividades em outros horários não previstos como aos finais de semana em ocasiões excepcionais.
30 vagas (diurno)
Obs: Não é mais exigida a Certificação de Habilitação Específica para ingresso nos cursos do Departamento de Artes Visuais.
Os graduandos podem participar de algumas das atividades do
Laboratório de Ensino e Pesquisa em Arte e Ensino | LIGO e do Laboratório de Papel Artesanal | Maquete
Os egressos do Curso de Graduação em Artes Visuais têm a possibilidade de ingressar na formação continuada via pós-graduação nas áreas de concentração do PPGAV
Localização e Contato:
Departamento de Artes Visuais/Instituto de Artes – Campus: Darcy Ribeiro – SG-1
Telefone: (61) 3107 1172
Coordenadores
Profª. Drª. Cinara Barbosa de Sousa
coordbacvis@gmail.com
Fotografias
Sobre o Curso
O Bacharelado em Artes Plásticas da Universidade de Brasília destina-se à formação do artista-pesquisador contemporâneo para atuar de forma crítica e ativa no meio cultural do Distrito Federal, da Região Centro-Oeste, no âmbito nacional e internacional. Tal objetivo se materializa pelas vivências do estudante no ambiente dos ateliês, pela a experimentação das linguagens e pela atuação no circuito artístico. Nesse sentido, o Bacharelado em Artes Plásticas se distingue dos outros cursos ofertados pelo Departamento de Artes Visuais: o de Licenciatura em Artes Visuais e o de Bacharelado em Teoria, Crítica e História da Arte, destinados, respectivamente, à formação de Educadores da Arte e de Historiadores e Críticos da Arte.
O curso volta-se para estudantes interessados na pesquisa artística, aquela que se constitui a partir do ato criador, no instante mesmo da construção da obra de arte. Trata-se de um curso que busca, no contexto da academia, não apenas o desenvolvimento e o domínio técnico das linguagens artísticas, mas a construção de um saber advindo da prática, apreendido pelo contato do sujeito com a obra mediada pelo pensamento e a reflexão, sem perder de vista o contexto da arte atual. A cadeia de componentes curriculares do curso é constituída pelas disciplinas práticas, nas quais se obtém o desenvolvimento do projeto poético do estudante, e pelo leque de disciplinas teóricas que abordam a história e a teoria da arte, cuja função é a de subsidiar os conceitos subjacentes e suscitados na concepção da obra de arte.
Uma nova alteração, sintomática da dificuldade de encontrar uma identidade para os cursos em pleno regime militar, ocorreu em 1976. Surgiram os Institutos de Arquitetura e Urbanismo e o de Comunicação e Expressão. O primeiro responsável pelos departamentos de Arquitetura, de Desenho e de Urbanismo; e, o segundo, pelo departamento de Artes e Música e pelo departamento de Comunicação e de Letras Linguística.
No Departamento de Desenho, que surgiu vinculado ao Instituto de Arquitetura e Urbanismo em 1977, foi abrigado o projeto do curso de Licenciatura em Educação Artística, implantado em 1979, e que se abriu para o que podemos chamar contemporaneamente de um curso voltado para a formação de professores para a Educação Básica. Tal curso estava em consonância com a Lei de Diretrizes e Bases nº 5.692/71, e, por esse viés, o ensino da arte, no que atualmente denominamos de Educação Básica, foi incluído no currículo com o título de Educação Artística, considerada, porém, como “atividade educativa” e não como disciplina. A consequência foi a perda da qualidade dos saberes específicos das diversas formas de arte, dando lugar a uma aprendizagem reprodutiva.
O passo determinante, já no período de redemocratização pós-1985, deu-se com a criação do Instituto de Artes (IdA), em 1988, e sua implementação no ano seguinte quando surgiram os ainda presentes departamentos de Artes Visuais, de Artes Cênicas e de Música, todos com projetos de cursos com habilitações em bacharelado e em licenciatura. Um pouco mais tarde, o Departamento de Artes Visuais foi fragmentado para fazer surgiu o Departamento de Desenho Industrial, somente com bacharelado. Desde então, basicamente houve apenas duas mudanças substanciais no currículo da habilitação em licenciatura do curso de artes visuais. A primeira deu-se com a criação de curso no turno em 1993. A segunda com mudanças tanto na licenciatura quanto no bacharelado, diurnos, em 1999.
No ano de 1999, em que o bacharelado e a licenciatura foram reformulados, criou-se uma simbiose entre as habilitações que pretendia garantir uma formação heterogênea, mas que, de fato, acabou por debilitar, na década seguinte, a licenciatura de modo geral. Foi dado destaque às disciplinas do bacharelado, enquanto à licenciatura reservou-se apenas um currículo mínimo complementar, dentro do modelo chamado de “três mais um”. Ou seja, todo o curso de licenciatura é fundamentado na estrutura curricular do bacharelado somando-se a essa três estágios supervisionados, uma disciplina em Psicologia e três em Educação.
Esse modelo, em vigente até o ano de 2018, se encontrava consideravelmente defasado, tornando-se, portanto, a sua reformulação, um ato efetivo que culminou com a criação do curso de Artes Visuais – Licenciatura organizado por Projeto Pedagógico de Curso de Graduação dedicado integralmente à formação de professores, estruturado dentro das prerrogativas pedagógicas essenciais, que corrobore minimamente com as demandas educacionais desse início de século XXI; e ajustados às legislações pertinentes ao ensino e à formação de professores no Brasil.
Sabemos que as Artes Visuais podem (e devem) desenvolver uma função intelectual singular no campo amplo da cultura. Por essa razão, o enfoque do curso não visa o desenvolvimento do artista para sua adequação ao mercado da arte ou ao virtuosismo técnico e ao desenvolvimento de um estilo vendável, objetivos esses buscados nas escolas de Belas Artes, nos cursos especializados e congêneres que gozam de um status já bem definido na sociedade.Nesse sentido, o ensino da arte nas universidades vai ao encontro da ideia da arte como conhecimento específico, distinto do científico, mas fundamental e intrínseco à constituição do que entendemos como cultura. Para tanto, o curso busca promover a prática nas diversas linguagens da arte, possibilitando a compreensão específica delas e seu potencial de hibridismo para construção de uma poética pessoal. Assim, o curso contempla objetivos gerais e específicos. Desse modo, temos como objetivo geral a inserção institucional, política, geográfica e social da arte como elemento novo capaz de se tornar centro irradiador da cultura, como idealizou Darcy Ribeiro na fundação da UnB.
Entre os objetivos específicos, espera-se que o Bacharel em Artes Plásticas seja capaz de exercer habilidades e competências desenvolvidas ao longo do curso, tais como: I. aptidão para compreender as relações complexas entre teoria e prática artística; II. capacidade para desenvolver pesquisas técnicas voltadas para a concretização do seu projeto poético; III. capacidade de tornar-se um artista ou produtor cultural autônomo, que transite no sistema da arte em seus diversos segmentos, como por exemplo, na montagem de exposição, na elaboração de projetos culturais e artísticos, na participação em editais de incentivo à arte e à cultura etc. IV. capacidade de tornar-se um pesquisador na pós-graduação em artes, continuando o processo de estudo tanto no nível do Mestrado quanto no de Doutorado; V. capacidade de construir uma trajetória artística, independente de dogmas e de modismos. VI. capacidade de discorrer sobre os conceitos intrínsecos ao seu processo criativo de modo claro e coerente. VII. ser um inquiridor que, cônscio da sua ignorância, não cesse de procurar conhecimento.
Para o estudante egresso do Bacharelado em Artes Plásticas, o Departamento de Artes Visuais oferece o programa de Pós-Graduação em Arte (PPG-Arte) propiciando, assim, a continuidade da pesquisa do jovem artista graduado em dois níveis – mestrado e doutorado. Nessa perspectiva, o PPG-Arte dispõe de três linhas de pesquisa: I. Poéticas Contemporâneas, II. Métodos e Processos em Arte Contemporânea e III. Arte e Tecnologia. Na sua maioria, os professores dispõem de bolsas de Iniciação Científica e de projetos de pesquisa autenticados pelo CNPq.
Cinara Barbosa
Professora do Departamento de Artes Visuais
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