Licenciatura em Artes Visuais
Dados de Identificação do Curso
Licenciatura Plena
Graduação – Certificado de Curso de Graduação em Artes Visuais – Licenciatura em Artes Visuais *
* (Concede habilitação para atuar como professor(a) da educação básica nos anos finais do Ensino Fundamental II e Ensino Médio).
Para formar é necessário que o aluno conclua no mínimo:
08 (oito) semestres / 4 anos
e no máximo:
14 (quatorze) semestres / 7 anos*.
N° de créditos exigidos: 214 Créditos.
A carga horária mínima exigida é de
3.210 horas.
* Recomendado a permanência máxima de 10 semestres / 5 anos.
Diurno (aulas no período de 8h às 18h50) e
Noturno (aulas no período de 19h às 22h30)
Obs: Poderá haver aulas e atividades em outros horários não previstos como aos finais de semana em ocasiões excepcionais.
25 vagas (diurno) e
25 vagas (noturno)
Obs: Não é mais exigida a Certificação de Habilitação Específica para ingresso nos cursos do Departamento de Artes Visuais.
Os graduandos podem participar de algumas das atividades do
Laboratório de Ensino e Pesquisa em Arte e Ensino | LIGO e do Laboratório de Papel Artesanal | Maquete
Os egressos do Curso de Graduação em Artes Visuais têm a possibilidade de ingressar na formação continuada via pós-graduação nas áreas de concentração do PPGAV
Localização e Contato:
Departamento de Artes Visuais/Instituto de Artes – Campus: Darcy Ribeiro – SG-1
Telefone: (61) 3107 1172
Coordenadores
Profª. Drª. Cristina Azra Barrenechea
coordvisdiurno@gmail.com
Prof. Dr. Christus Menezes da Nóbrega
christus.nobrega@unb.br
Fotografias
Sobre o Curso
O curso de Artes Visuais com habilitação em Licenciatura é ofertado em dois turnos (diurno e noturno) e foi concebido integralmente para atender à formação de professores para Educação Básica. Esse curso é herdeiro de uma longa trajetória que indicia parte da história de relacionamentos entre as Artes Visuais, a Educação e as demais áreas de conhecimento que compõem o heterogêneo campo das visualidades nos últimos 50 anos.
Os curso de artes inaugurados com a UnB, em 1962, compreendiam cursos básicos de Expressão e Representação, Teoria e História da Arte; e de Técnicas de Construção, que eram os pontos chaves, amálgama que reunia a formação em Arquitetura e Artes Plásticas. No ano seguinte, foram criados os Departamentos de Arte e Artesanato e o de Arquitetura, o primeiro deles foi o embrião para a criação, em 1963/1964, do Instituto Central de Artes (ICA), nomenclatura que tornou conhecido o curso de Artes Plásticas da Universidade de Brasília em todo país.
A breve separação entre Artes Plásticas e Arquitetura não durou mais que quatro anos. Já em 1969, após uma ampla diáspora de talentos perseguidos pelo regime militar pós-64, houve a redefinição e a criação do Instituto de Arquitetura e Artes (IAA) que integrou três departamentos: Arquitetura, Música e ainda o de Artes Plásticas e Cinema. Este último foi extinto em 1974, em seu lugar surgiu o Departamento de Desenho, o primeiro a lançar um projeto de ensino para artes, no ano seguinte, sem frutos imediatos nos anos posteriores.
Uma nova alteração, sintomática da dificuldade de encontrar uma identidade para os cursos em pleno regime militar, ocorreu em 1976. Surgiram os Institutos de Arquitetura e Urbanismo e o de Comunicação e Expressão. O primeiro responsável pelos departamentos de Arquitetura, de Desenho e de Urbanismo; e, o segundo, pelo departamento de Artes e Música e pelo departamento de Comunicação e de Letras Linguística.
No Departamento de Desenho, que surgiu vinculado ao Instituto de Arquitetura e Urbanismo em 1977, foi abrigado o projeto do curso de Licenciatura em Educação Artística, implantado em 1979, e que se abriu para o que podemos chamar contemporaneamente de um curso voltado para a formação de professores para a Educação Básica. Tal curso estava em consonância com a Lei de Diretrizes e Bases nº 5.692/71, e, por esse viés, o ensino da arte, no que atualmente denominamos de Educação Básica, foi incluído no currículo com o título de Educação Artística, considerada, porém, como “atividade educativa” e não como disciplina. A consequência foi a perda da qualidade dos saberes específicos das diversas formas de arte, dando lugar a uma aprendizagem reprodutiva.
O passo determinante, já no período de redemocratização pós-1985, deu-se com a criação do Instituto de Artes (IdA), em 1988, e sua implementação no ano seguinte quando surgiram os ainda presentes departamentos de Artes Visuais, de Artes Cênicas e de Música, todos com projetos de cursos com habilitações em bacharelado e em licenciatura. Um pouco mais tarde, o Departamento de Artes Visuais foi fragmentado para fazer surgiu o Departamento de Desenho Industrial, somente com bacharelado. Desde então, basicamente houve apenas duas mudanças substanciais no currículo da habilitação em licenciatura do curso de artes visuais. A primeira deu-se com a criação de curso no turno em 1993. A segunda com mudanças tanto na licenciatura quanto no bacharelado, diurnos, em 1999.
No ano de 1999, em que o bacharelado e a licenciatura foram reformulados, criou-se uma simbiose entre as habilitações que pretendia garantir uma formação heterogênea, mas que, de fato, acabou por debilitar, na década seguinte, a licenciatura de modo geral. Foi dado destaque às disciplinas do bacharelado, enquanto à licenciatura reservou-se apenas um currículo mínimo complementar, dentro do modelo chamado de “três mais um”. Ou seja, todo o curso de licenciatura é fundamentado na estrutura curricular do bacharelado somando-se a essa três estágios supervisionados, uma disciplina em Psicologia e três em Educação.
Esse modelo, em vigente até o ano de 2018, se encontrava consideravelmente defasado, tornando-se, portanto, a sua reformulação, um ato efetivo que culminou com a criação do curso de Artes Visuais – Licenciatura organizado por Projeto Pedagógico de Curso de Graduação dedicado integralmente à formação de professores, estruturado dentro das prerrogativas pedagógicas essenciais, que corrobore minimamente com as demandas educacionais desse início de século XXI; e ajustados às legislações pertinentes ao ensino e à formação de professores no Brasil.
Uma nova alteração, sintomática da dificuldade de encontrar uma identidade para os cursos em pleno regime militar, ocorreu em 1976. Surgiram os Institutos de Arquitetura e Urbanismo e o de Comunicação e Expressão. O primeiro responsável pelos departamentos de Arquitetura, de Desenho e de Urbanismo; e, o segundo, pelo departamento de Artes e Música e pelo departamento de Comunicação e de Letras Linguística.
No Departamento de Desenho, que surgiu vinculado ao Instituto de Arquitetura e Urbanismo em 1977, foi abrigado o projeto do curso de Licenciatura em Educação Artística, implantado em 1979, e que se abriu para o que podemos chamar contemporaneamente de um curso voltado para a formação de professores para a Educação Básica. Tal curso estava em consonância com a Lei de Diretrizes e Bases nº 5.692/71, e, por esse viés, o ensino da arte, no que atualmente denominamos de Educação Básica, foi incluído no currículo com o título de Educação Artística, considerada, porém, como “atividade educativa” e não como disciplina. A consequência foi a perda da qualidade dos saberes específicos das diversas formas de arte, dando lugar a uma aprendizagem reprodutiva.
O passo determinante, já no período de redemocratização pós-1985, deu-se com a criação do Instituto de Artes (IdA), em 1988, e sua implementação no ano seguinte quando surgiram os ainda presentes departamentos de Artes Visuais, de Artes Cênicas e de Música, todos com projetos de cursos com habilitações em bacharelado e em licenciatura. Um pouco mais tarde, o Departamento de Artes Visuais foi fragmentado para fazer surgiu o Departamento de Desenho Industrial, somente com bacharelado. Desde então, basicamente houve apenas duas mudanças substanciais no currículo da habilitação em licenciatura do curso de artes visuais. A primeira deu-se com a criação de curso no turno em 1993. A segunda com mudanças tanto na licenciatura quanto no bacharelado, diurnos, em 1999.
No ano de 1999, em que o bacharelado e a licenciatura foram reformulados, criou-se uma simbiose entre as habilitações que pretendia garantir uma formação heterogênea, mas que, de fato, acabou por debilitar, na década seguinte, a licenciatura de modo geral. Foi dado destaque às disciplinas do bacharelado, enquanto à licenciatura reservou-se apenas um currículo mínimo complementar, dentro do modelo chamado de “três mais um”. Ou seja, todo o curso de licenciatura é fundamentado na estrutura curricular do bacharelado somando-se a essa três estágios supervisionados, uma disciplina em Psicologia e três em Educação.
Esse modelo, em vigente até o ano de 2018, se encontrava consideravelmente defasado, tornando-se, portanto, a sua reformulação, um ato efetivo que culminou com a criação do curso de Artes Visuais – Licenciatura organizado por Projeto Pedagógico de Curso de Graduação dedicado integralmente à formação de professores, estruturado dentro das prerrogativas pedagógicas essenciais, que corrobore minimamente com as demandas educacionais desse início de século XXI; e ajustados às legislações pertinentes ao ensino e à formação de professores no Brasil.
Rosana Andréa Costa de Castro
Professora do Departamento de Artes Visuais
© 2025 Todos os Direitos reservados. (Pode-se utilizar o texto, desde que citadas as fontes do autor e o “link originário” deste artigo em questão)
